domingo, 21 de abril de 2013

Teocentrismo e Antropocentrismo na Missa Tridentina!


 Há na Liturgia da Missa Tridentina uma acentuação muito forte da Sacralidade. A sacralidade do Rito Tridentino mostra muito bem a transcendência, ou a verticalidade que coloca as pessoas numa atitude de profunda reverência para com Deus e as coisas santas. 
          Tudo na Missa Tridentina tende a por Deus no centro e a elevar a alma das pessoas até Ele. Mas não podemos deixar de perceber que a Missa Teocêntrica também tem o seu lado horizontal, ou seja, Antropocêntrico.
          Nenhum Rito como este está cheio de gestos que contém uma profunda reverência para com o Ministro Celebrante e deste para com os Ministros Ajudantes e para com  os Ministros Assistentes.
         A Teocentralidade da Missa Tridentina tem uma finalidade, que é a Antropocentralidade, ou a Fraternidade. Tudo na Missa Tridentina induz ou tem por fim a Fraternidade. A Fraternidade, ou Antropocentralidade, é o Novo Testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Caridade Cristã: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado!"
    O Papa Emérito Bento XVI e atualmente o Papa Francisco magnificamente estão restaurando toda a Igreja sob esta lei base e fundamental, a lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Caridade Cristã.  De fato, os cristãos não se amam mais hoje, há um ódio e rivalidade, uma hostilidade geral. O que antigamente podia se dizer dos cristãos: "Vede como eles se amam!", infelizmente hoje não se pode dizer a não ser por seu inverso: "Vede como eles se odeiam!"
         Mas o pior é que o mútuo ódio é feito em nome de Cristo; de fato, é em nome de Cristo que nós nos odiamos uns aos outros. É inspirado em Jesus Cristo que tiramos as razões de nosso ódio contra nosso próximo, uma inspiração infelizmente equivocada. Por causa do nome de Cristo, Lutero separou-se da Igreja. Por causa do nome de Cristo, os lefevrianos e os sedevacantistas resistem ao Papa. Por causa do nome de Cristo os modernistas avacalham com toda a Igreja. Por causa do nome de Cristo odiamos quem julgamos não ser bom. Chegou numa situação em que a discórdia se tornou uma lei basilar que norteia a religião. O Papa prega a caridade, a reconciliação, mas a pregação dele é rejeitada e todos se proclamam defensores da fé. Os modernistas, porém, não se proclamam defensores de nenhuma fé, eles são a avacalhação, o relativismo e o indiferentismo dentro da Igreja, um pus que logo sairá de dentro da Igreja, porque não existe ferida incurável. A caridade cristã, que é o Novo Testamento, a Nova Lei, deve ser a vida de todo católico. Devemos amar a todos, modernistas, tradicionalistas, hereges e cismáticos, enfim, devemos amar com a nossa inteligência e com o nosso coração a todos os homens em geral e em particular.
        E a Missa Tridentina, e também a Missa de Paulo VI, e as Liturgias Orientais,  são  o meio excelente para se atingir esse fim que é a Fraternidade Universal.
         Se bem percebermos, a Missa Tridentina, e as outras Liturgias,  reverenciam o homem quase da mesma forma que reverencia a Deus, e assim também a reverência que se dá a Deus, nas liturgias orientais e latinas, também se dá ao homem. Cito apenas um exemplo para melhor ser compreendido: o incenso tanto é oferecido em reverência à Deus como aos homens, porque nas liturgias latinas e orientais tanto se incensa a Deus e as coisas sagradas como se incensa o sacerdote e os assistentes.
       Quando a liturgia nos manda incensar o sacerdote e as pessoas na Missa, está, na verdade, a nos ensinar, por gestos tão santos, que a nossa reverência pelo próximo deve ser igual à que dirigimos à Deus, nosso amor pelo próximo deve ser igual ao nosso amor por Deus.
         E assim a Sagrada Liturgia nos ensina o que um dia escreveu Monsenhor Nicola Bux aos tradicionalistas, que o fim da liturgia é nos levar à "estima pelo irmão".
           O fim da Missa é a Fraternidade Universal.
       Falamos Fraternidade no sentido católico, no sentido ensinado por Cristo e pelos Santos, e atualmente pelo Papa Emérito Bento XVI e pelo Papa Francisco.
          Viva à Fraternidade!
       Pratiquemos a Caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, fim último das Liturgias da Igreja!
    

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