terça-feira, 30 de abril de 2013

Marie Julie (1850 - 1941) e a Reforma Litúrgica (I)



  Recebi alguma coisa sobre as ditas revelações à mística e estigmatizada Marie Julie Janhenny (1850 - 1941) que, a meu ver, precisa de alguns esclarecimentos. Na foto podemos ver Marie Julie durante um êxtase. Citarei apenas uma das suas "profecias" que me enviaram, dando um comentário de acordo com o Dogma de Fé na Indefectibilidade da Igreja e na Infalibilidade do Romano Pontífice.
Uma das "profecias" a ela atribuída é mais ou menos como segue:
"Em 27 de novembro de 1902 e 10 de maio de 1904, Nosso Senhor e Nossa Senhora anunciaram a conspiração para inventar a “Missa Nova”:
E os ADVIRTO. Os discípulos que não são do Meu Evangelho estão trabalhando duro para refazê-lo segundo as suas idéias e sob a influência do inimigo das almas uma MISSA que conterá palavras que são ODIOSAS à minha vista”.
Quando chegar a hora fatídica quando os meus sacerdotes serão postos à prova, serão (estes textos) os que serão celebrados neste SEGUNDO período… O PRIMEIRO período é o do Meu sacerdócio que existe desde que Eu o fundei. O SEGUNDO é o da perseguição, quando os inimigos da Fé e da Santa Religião, que imporão suas fórmulas, no livro da segunda celebração… Esses espíritos infames são aqueles que Me crucificaram e estão esperando o reinado DO NOVO MESSIAS."
Comentário:
Primeiramente devemos ter em mente que toda interpretação deve estar de acordo com os Dogmas da Fé Católica. Qualquer interpretação que contraste com o Dogma de Fé só tem duas hipóteses: ou é falsa a revelação privada ou é falsa a interpretação.
Mas neste caso me parece que as revelações particulares à Marie Julie apresentam motivos de credibilidade bem consistentes. 
A mensagem acima foi traduzida de sua língua original e me parece que a tradução não é muito bem feita. Então a essa tradução já carece de credibilidade. Mas vamos lá, suponhamos que esteja certa a tradução, que seja realmente isso que a mística e estigmatizada Marie Julie disse e quis dizer. Procuremos então entender o que está escrito, examinando para ver se não há nada nesta mensagem que contradiga a Fé Católica.
Alguns tradicionalistas procuram tirar dessa profecia sua rejeição pela Missa do Papa Paulo VI, mas estaria realmente a Nova Missa sendo criticada nesta profecia?
A esta questão respondemos que não: essa profecia, embora pareça, não ataca a Nova Missa de Paulo VI. Não, não ataca, e para que tenha procedido de Deus essa profecia, necessariamente não pode condenar  e nunca poderá condenar a Missa de paulo VI, sob pena de colocar Deus em contradição.
O tipo de linguagem dessa profecia me parece não o das aparições, como as de Fátima e de Lourdes, onde Nossa Senhora apareceu realmente para as criancinhas. Me parece que este tipo de linguagem é de cogitações, onde a pessoa que se diz ou é mística atreve-se a atribuir a Deus ou a Nossa Senhora o fruto de suas meditações e impressões interiores. As profecias de Marie Julie, se não foram forjadas, se realizaram, mas ela pode ter feito uma descrição pessoal de suas visões ou contemplações místicas, misturando suas impressões pessoais com o conhecimento daquilo que lhe foi mostrado, ou seja, ela pode ter relatado suas visões de acordo com o seu modo de entender e assimilar as coisas.
Isto posto, segue-se que pode ser verdadeira a visão, mas falsa a sua interpretação. Ou seja, é possível que Marie Julie tenha passado suas próprias interpretações juntamente com as visões, o que pode conduzir a erros de interpretação, pois "os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus", como diz a Escritura.
Há erros de tradução no texto, infelizmente não domino a língua para indicá-los, mas é notável. 
Primeiramente ela diz: "Os advirto". Essa advertência será sobre a mudança que futuramente haverá na forma litúrgica da Santa Missa. Ela previu que os inimigos de Cristo trabalhariam duro para refazer o Evangelho e a Missa conforme suas idéias e sob influência do inimigo das almas. Ela disse que essa Missa futura "conterá palavras que são odiosas à Minha vista."
A visão é dividida em dois períodos: o primeiro teria sido o do Sacerdócio de Cristo, o segundo o da perseguição, quando os inimigos da Fé e da Santa Religião imporão as suas fórmulas no livro da segunda celebração.
Lendo atentamente o texto com uma tradução cheia de erros de gramática, de concordância, etc., notar-se-á que nas palavras do chamado segundo periodo há algo que fica claro e permite que essas revelações sejam interpretadas de acordo com o dogma de indefectibilidade da Igreja, etc.
Primeiramente deve-se observar que as profecias dela não condenam, como muitos querem, a Nova Missa promulgada pelo Papa Paulo VI, mas se bem observado condena sim os abusos contra a Nova Missa.
Marie Julie descreveu a dessacralização da Santa Missa, que seria feita por aqueles que a celebram sem nenhuma fé nem piedade. Já em La Salette Nossa Senhora havia reclamado dessa dessacralização da Liturgia, quando advertiu que os sacerdotes seriam castigados "por sua impiedade na celebração dos santos mistérios". No tempo de La Salette a Missa era na forma hoje chamada Extraordinária. Portanto, as palavras odiosas e as novas fórmulas não são nem podem ser as do Rito da Missa. Ora, assim como no tempo de La Salette o Rito impiedosamente celebrado era Santo, também em nosso tempo o Novo Rito impiedosamente modificado e celebrado é igualmente Santo.
É santa a forma tanto extraordinária como ordinária do Rito Romano, mas o culto dessas formas pode não ser santo.
O culto é a maneira como celebramos ou usamos estas formas santíssimas que o Espírito Santo nos oferece através da Igreja, como muito bem ensinou o Papa Bento XVI numa de suas catequeses. Podemos usar as formas santíssimas da Igreja com ou sem fé nem piedade. O nosso culto pode ser com ou sem fé e piedade. A Missa pode ser celebrada com ou sem fé e piedade. Qualquer Rito da Igreja Latina ou Oriental pode ser celebrado (cultuado) com ou sem fé e piedade. A Nova Liturgia da Missa, que na sua Edição Típica Vaticana é isenta de todo e qualquer erro, é vítima de vários abusos que a dessacralizam, abusos esses que o Papa Bento XVI se esforçou por corrigir em seu glorioso pontificado. Somente o que é profundamente sagrado pode ser dessacralizado. Ora, a dessacralização não está na forma, mas na pessoa que celebra, assim como a impiedade lamentada por Nossa Senhora em La Salette não estava na forma, mas na pessoa que atuava sem fé nem piedade. Os inimigos da Fé e da Santa Religião imporão as suas fórmulas "no livro da segunda celebração." Ora, impor "suas" fórmulas é não seguir o que está nos novos livros, não seguir a liturgia, o que está escrito no Novo Missal. Impor as "suas" fórmulas é tirar ou acrescentar algo do Novo Missal.
Um dos abusos litúrgicos atuais, que o Papa Bento XVI se esforço por corrigir, durante seu glorioso pontificado, é que não se seguemais o que está prescrito no Novo Missal. Assim, por exemplo, substituem o ato penitencial, o glória, o santos, etc., que está no Missal, por uma outra música qualquer ao som de instrumentos que não favorecem a concentração e o recolhimento interior. Quando a equipe de liturgia, que deveria ser especialista em liturgia, troca as orações prescritas do Missal por músicas que parodeiam as fórmulas santas, ao som de instrumentos que não são considerados sacros, estão na verdade adulterando a Liturgia e impondo suas próprias fórmulas em cima de um Rito Santo. Por em cima de equivale a pisar em cima de, razão pela qual muitos por não gostarem das fórmulas da Igreja inventam as suas próprias fórmulas. Só que com as formas da Igreja é possivel rezar, ao passo que com as formas da equipe litúrgica só é possível dançar. Rezar não é dançar. Dançar não é rezar.
A fórmula da Igreja, que está no Missal Tridentino, no Missal de Paulo VI, e no Missal da igreja Oriental, é santa, santíssima, mas a fórmula inventada por terceiros e quartos não é santa, é feia, vazia, sem nenhum conteúdo que nos una a Deus, antes nos separa de Deus porque nos enche de vazio. É deste culto sem nenhuma arte, sem piedade, sem fé, que Marie Julie lamentou a dois séculos atrás. Não reclamou da Missa do Papa Paulo VI, mas daqueles que não souberam ou não quiseram usar bem dela, assim como também Nossa Senhora de La Salette, que naquela época não reclamou da Missa Tridentina, mas da forma impiedosa como era celebrada. 
Santas são as fórmulas da Igreja, mas impiedoso pode ser o nosso modo de celebrá-las.
In Iesu.

domingo, 28 de abril de 2013

A maior alegria de Jesus

 QUAL A MAIOR ALEGRIA DE JESUS?

     Esta mensagem de Nosso Senhor foi citada na página 140 do livro "Deus é Amor", escrito por um Monge Contemplativo.
       Disse Jesus: "Escuta, minha Benigna, minha alegria: A maior satisfação que alguém pode me dar é acreditar no meu amor; quanto mais alguém acredita nele, tanto maior é a minha satisfação, e se alguem desejar que o meu prazer seja imenso, não deverá colocar limites a esta fé no meu amor...
       Se eu sou bom para todos, sou ótimo para aqueles que confiam em mim. Sabes quem são os que mais aproveitam da minha bondade?... São aqueles que mais confiam. As almas confiantes são as ladras das minhas graças... Escreve que a satisfação que sinto pela alma confiante é indizível."
(Suor Benigna Consolata, Escola tip. da Casa da Divina Providência, quinta Ed. p. 94-98).

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Das Reverências na Forma Extraordinária da Missa!

A Forma Extraordinária do Rito Romano da Missa é plena de reverências, que ora são dirigidas à Deus, ora ao Sacerdote e à Assembléia. Na foto Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar de Karaganda, no Kazaquistão, depois de ter oferecido incenso à Deus e ás coisas santas, de mãos postas é incensado pelo Subdiácono, que depois irá incensar também a Assembléia.
Gestos tão santos como estes possuem uma finalidade, que é a prática litúrgica do Mandamento de Jesus: "Dou-vos um Novo Mandamento, que vos ameis uns aos outros como Eu vos tenho amado!"
A Sagrada Liturgia da Igreja enaltece o Amor Fraterno, a Caridade Cristã, com gestos tão santos como este, plenos da Caridade, do Amor Fraterno. De fato, quem diz que ama a Deus, como escreve São João, o Apóstolo do Amor, deve amar também a seu irmão; pois quem diz amar a Deus que não vê, mas odiar ao irmão que vê, é um mentiroso, conforme escreve o mesmo Apóstolo.
Quando o Sacerdote oferece incenso à Deus outra intenção não deve acompanhá-lo senão o Amor por Deus, e é com a mesma intenção que incensa também as coisas santas. Como todos devem estar, na liturgia da Missa, unidos às intenções do Sacerdote, todos oferecem incenso à Deus quando o Sacerdote está incensando Deus. Mas porque o Amor não deve ser apenas vertical, ou seja, teocêntrico, devendo ser também horizontal, ou seja, antropocêntrico, a Igreja instituiu nas liturgias gestos e cerimônias que devem significar o Amor Fraterno. Na foto vemos que a mesma reverência oferecida a Deus deve ser também oferecida ào homem, ou seja, com o mesmo Amor que amamos a Deus, também devemos nos amar uns aos outros, como Jesus nos ensinou, e esse é o fim último da Missa.
Assim como o coração do sacerdote, ao incensar a Deus e as coisas santas, não deve estar dividido, mas deve ter um coração totalmente voltado para Deus, também o nosso coração não deve estar dividido pela discórdia e pela inimizade quando em união com o Acólito ou com o Subdiácono insensamos o Sacerdote e a Assembléia, mas devemos ter um coração totalmente voltado e devotado à Caridade.
Monsenhor Luiz de Gonzaga, numa de suas homilias, disse não compreender um cristão que tenha inimizades. As cerimônias da Missa que nos levam à uma atitude de reverência para com o nosso próximo outra finalidade não possui a não ser nos consolidar na prática da Caridade.
Pergunto: agradaria a Deus o gesto tão santo que o Subdiácono faz para seu Sacerdote, se não fosse acompanhado de Caridade?! Poderia Deus receber com agrado a reverência dirigida ao Sacerdote se o Subdiácono nutrice qualquer inimizade por ele?! Se o Sacerdote tivesse dado motivos de queixas ao Subdiácono e à Assembléia, não seria o caso todos perdoarem da mesma forma que Deus perdoa e manda perdoar?! Como ninguém é santo, ou seja, como todos nós somos indignos e também pecadores, não estaria a liturgia da Missa, por gestos de reverência como estes, nos levando ao mútuo perdão fraterno?! Por Amor e com Amor incensamos Deus na Missa; igualmente com Amor e por Amor incensamos os outros na Missa! A Missa nos ensina com gestos tão santos a amar Deus e o próximo.
Portanto, quando estivermos na Missa, participando de ritos tão santos como este, não percamos a oportunidade de perdoar e de amar com todo o nosso coração ao nosso próximo.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

A CNBB





A  CNBB

                                                          Dom Fernando Arêas Rifan*

             De 9 a 19 de abril, aconteceu em Aparecida a 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estive presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva.
            A natureza das conferências episcopais foi exposta na Carta Apostólica Apostolos suos, do Beato João Paulo II, onde cita o decreto Christus Dominus do Concílio Vaticano II, que considera “muito conveniente que, em todo o mundo, os Bispos da mesma nação ou região se reúnam periodicamente em assembleia, para que, da comunicação de pareceres e experiências, e da troca de opiniões, resulte uma santa colaboração de esforços para bem comum das Igrejas”. Ensina ele que “a união colegial do Episcopado manifesta a natureza da Igreja... Assim como a Igreja é una e universal, assim também o Episcopado é uno e indiviso, sendo tão extenso como a comunidade visível da Igreja e constituindo a expressão da sua rica variedade. Princípio efundamento visível dessa unidade é o Romano Pontífice, cabeça do corpo episcopal.
         Mas a Conferência Episcopal, instituição eclesiástica, não existe para anular o poder dos Bispos, instituição divina. O Papa emérito Bento XVI, quando Cardeal, falou sobre um dos “efeitos paradoxais do pós-concílio”: “A decidida retomada (no Concílio) do papel do Bispo, na realidade, enfraqueceu-se um pouco, ou corre até mesmo o risco de ser sufocada pela inserção dos prelados em conferências episcopais sempre mais organizadas, com estruturas burocráticas frequentemente pesadas. No entanto, não devemos esquecer que as conferências episcopais... não fazem parte da estrutura indispensável da Igreja, assim como querida por Cristo: têm somente uma função prática, concreta”. É, aliás, continua, o que confirma o Direito Canônico, que fixa os âmbitos de autoridade das Conferências, que “não podem agir validamente em nome de todos os bispos, a menos que todos e cada um dos bispos tenham dado o seu consentimento”, e quando não se trate de “matérias sobre as quais haja disposto o direito universal ou o estabeleça um especial mandato da Sé Apostólica”. E recorda o Código e o Concílio: “o Bispo é o autêntico doutor e mestre da Fé para os fiéis confiados aos seus cuidados”. “Nenhuma Conferência Episcopal tem, enquanto tal, uma missão de ensino: seus documentos não têm valor específico, mas o valor do consenso que lhes é atribuído pelos bispos individualmente”.
            E continua o Papa emérito: “O grupo dos bispos unidos nas Conferências depende, na prática, para as decisões, de outros grupos, de comissões específicas, que elaboram roteiros preparatórios. Acontece, além disso, que a busca de um ponto comum entre as várias tendências e o esforço de mediação dão lugar, muitas vezes, a documentos nivelados por baixo, em que as posições precisas são atenuadas”. E ele recorda que, em seu país, existia uma Conferência Episcopal já nos anos 30: “Pois bem, os textos realmente vigorosos contra o nazismo foram os que vieram individualmente de prelados corajosos. Os da Conferência, no entanto, pareciam um tanto abrandados, fracos demais com relação ao que a tragédia exigia” (A Fé em crise, IV).

        *Bispo da Administração Apostólica Pessoal
                                                                         São João Maria Vianney

domingo, 21 de abril de 2013

Teocentrismo e Antropocentrismo na Missa Tridentina!


 Há na Liturgia da Missa Tridentina uma acentuação muito forte da Sacralidade. A sacralidade do Rito Tridentino mostra muito bem a transcendência, ou a verticalidade que coloca as pessoas numa atitude de profunda reverência para com Deus e as coisas santas. 
          Tudo na Missa Tridentina tende a por Deus no centro e a elevar a alma das pessoas até Ele. Mas não podemos deixar de perceber que a Missa Teocêntrica também tem o seu lado horizontal, ou seja, Antropocêntrico.
          Nenhum Rito como este está cheio de gestos que contém uma profunda reverência para com o Ministro Celebrante e deste para com os Ministros Ajudantes e para com  os Ministros Assistentes.
         A Teocentralidade da Missa Tridentina tem uma finalidade, que é a Antropocentralidade, ou a Fraternidade. Tudo na Missa Tridentina induz ou tem por fim a Fraternidade. A Fraternidade, ou Antropocentralidade, é o Novo Testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Caridade Cristã: "Amai-vos uns aos outros como Eu vos tenho amado!"
    O Papa Emérito Bento XVI e atualmente o Papa Francisco magnificamente estão restaurando toda a Igreja sob esta lei base e fundamental, a lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Caridade Cristã.  De fato, os cristãos não se amam mais hoje, há um ódio e rivalidade, uma hostilidade geral. O que antigamente podia se dizer dos cristãos: "Vede como eles se amam!", infelizmente hoje não se pode dizer a não ser por seu inverso: "Vede como eles se odeiam!"
         Mas o pior é que o mútuo ódio é feito em nome de Cristo; de fato, é em nome de Cristo que nós nos odiamos uns aos outros. É inspirado em Jesus Cristo que tiramos as razões de nosso ódio contra nosso próximo, uma inspiração infelizmente equivocada. Por causa do nome de Cristo, Lutero separou-se da Igreja. Por causa do nome de Cristo, os lefevrianos e os sedevacantistas resistem ao Papa. Por causa do nome de Cristo os modernistas avacalham com toda a Igreja. Por causa do nome de Cristo odiamos quem julgamos não ser bom. Chegou numa situação em que a discórdia se tornou uma lei basilar que norteia a religião. O Papa prega a caridade, a reconciliação, mas a pregação dele é rejeitada e todos se proclamam defensores da fé. Os modernistas, porém, não se proclamam defensores de nenhuma fé, eles são a avacalhação, o relativismo e o indiferentismo dentro da Igreja, um pus que logo sairá de dentro da Igreja, porque não existe ferida incurável. A caridade cristã, que é o Novo Testamento, a Nova Lei, deve ser a vida de todo católico. Devemos amar a todos, modernistas, tradicionalistas, hereges e cismáticos, enfim, devemos amar com a nossa inteligência e com o nosso coração a todos os homens em geral e em particular.
        E a Missa Tridentina, e também a Missa de Paulo VI, e as Liturgias Orientais,  são  o meio excelente para se atingir esse fim que é a Fraternidade Universal.
         Se bem percebermos, a Missa Tridentina, e as outras Liturgias,  reverenciam o homem quase da mesma forma que reverencia a Deus, e assim também a reverência que se dá a Deus, nas liturgias orientais e latinas, também se dá ao homem. Cito apenas um exemplo para melhor ser compreendido: o incenso tanto é oferecido em reverência à Deus como aos homens, porque nas liturgias latinas e orientais tanto se incensa a Deus e as coisas sagradas como se incensa o sacerdote e os assistentes.
       Quando a liturgia nos manda incensar o sacerdote e as pessoas na Missa, está, na verdade, a nos ensinar, por gestos tão santos, que a nossa reverência pelo próximo deve ser igual à que dirigimos à Deus, nosso amor pelo próximo deve ser igual ao nosso amor por Deus.
         E assim a Sagrada Liturgia nos ensina o que um dia escreveu Monsenhor Nicola Bux aos tradicionalistas, que o fim da liturgia é nos levar à "estima pelo irmão".
           O fim da Missa é a Fraternidade Universal.
       Falamos Fraternidade no sentido católico, no sentido ensinado por Cristo e pelos Santos, e atualmente pelo Papa Emérito Bento XVI e pelo Papa Francisco.
          Viva à Fraternidade!
       Pratiquemos a Caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, fim último das Liturgias da Igreja!
    

A Oração do Papa de Fátima ( III )


A oração do Papa de Fátima, como vimos, mereceu a atenção de Nossa Senhora. Ela disse: "ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho."
Este Papa, apesar de tudo, não desanimou, mas esperando contra toda esperança "ia orando", sem tibieza nenhuma, "pelas almas...".
Esta observação da Senhora do Rosário de Fátima tinha por fim colocar em evidência o imenso amor que inflamava o coração deste grande Papa, pois só quem ama ora pela salvação das almas.
O imenso amor deste Papa pode ser compreendido por um exemplo semelhante, que aconteceu na vida de São Paísio. Vejamos:
"São Paísio, o Grande, orava pelo discípulo que renegara a Cristo. Enquanto fazia a oração, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe:'Paísio, por que estás orando? Não sabes que ele Me renegou?'Mas o santo não cessava de ter compaixão e de orar pelo discípulo. E então o Senhor lhe disse: 'Paísio, tu te tornaste semelhante a Mim, com teu imenso amor.'".
A atitude deste Papa é semelhante em tudo com a de São Paísio, exceto numa coisa, que Paísio se compadeceu de uma alma só, e este Papa se compadeceu de uma muiltidão incontável de almas. São Paísio orava pelo discípulo que renegara a Cristo, e este Papa por uma Igreja inteira e pelo mundo inteiro, abraçou a Igreja e o mundo todo.
São Paísio se compadece pelo discípulo que renegara a Cristo e ora por ele, mas o Senhor lhe aparece e sensura, lembrando-lhe o pecado do traidor. Nesta visão Jesus parece tirar todas as esperanças de Paísio, Jesus parece desanimar Paísio e persuadi-lo a cessar de orar pelo discípulo traidor. Essa é a primeira impressão que se tira das palavras: "por que estás orando? Não sabes que ele Me renegou?"
Jesus, no entanto, conhecia o coração de São Paísio, e faz estas perguntas para o provar e nos ensinar por meio deste exemplo. Talvez todos passem ou estejam passando pela mesma provação que passou São Paísio. Talvez muitos de nós deixamos de amar nosso próximo quando constatamos qualquer sinal de queda nele. Nossa bondade acaba quando percebemos ou descobrimos que nosso próximo pecou contra Deus. Mas a bondade de Paísio mostra-se sem limites, e mesmo provado por Deus, não cessa de ter compaixão pelo amigo que renegou a Cristo. São Paísio conhecia muito bem o Coração de Cristo, sabia que era exatamente isso que Ele esperava dele, por isso mais intensamente orava pelo amigo que renegou a fé. Paísio sabia que Jesus é o Deus de Amor, que mais que parecesse, outra coisa não podia pedir dele senão amor, então amou e mereceu as palavras de Nosso Senhor: "tu te tornas-te semelhante a Mim, com teu imenso amor!"
Ora, o Papa de Fátima passou, certamente, pela mesma provação de São Paísio, saindo dela vencedor, e com um coração cheio de compaixão (escreveu Dives in Misericordia - Rico em Misericórdia) orava pelas almas de todos os que encontrava pelo caminho.
Assim como São Paísio foi igual a Deus no Amor, este grande Papa o foi em Amor e Misericórdia.
Bato João Paulo II e São Paísio, orate pro nobis Deum!
In Iesu.
 
 

sábado, 20 de abril de 2013

A Oração do Papa de Fátima ( II )


  Na terceira parte da mensagem de Fátima, revelada pelo Vaticano, é possível contemplar um louvor inaudito ao Bispo vestido de branco, tecido pelos lábios da Belíssima Senhora vestida de branco. Esta mensagem traz a maior honra jamais recebida por um homem na terra, traz a honra de ter sido louvado pela própria Rainha do Céu e da Terra, a Mãe de Deus, que apareceu para as três criancinhas na Cova da Iria, em Fátima.
     É tão agradável aos Céus a oração deste Papa que Ela faz questão de fazer notar. Ela diz: "... ia orando pelas almas dos cadáveres que ia encontrando pelo caminho."
     Os cadáveres além de serem fétidos, repugnantes, não têm vida, são insensíveis, e o Papa de Fátima teve que se encontrar com eles, pregar para eles o Evangelho.
    Mas o estado cadavérico destas pessoas tornavam as palavras deste Papa como que jogadas ao vento, pois como estavam espiritualmente mortas para a graça de Deus, olvidavam suas palavras, causando-lhe grande tristeza, pois conforme ensina São Pedro Julião Eymard, não há maior ofensa que desacreditar as palavras de alguém, ao comentar aquela passagem do Evangelho, onde Jesus diz:                  "Quem Me ama, ouve as Minhas palavras".
     Quando este Papa percebe que não escutam suas palavras, seu coração, que é provado pela tristeza, não desiste de perseguir o fim para o qual Deus o elegeu Pontífice Máximo e então começa a orar pela salvação das almas desses pobres cadáveres, pois tenta conseguir com a oração o que não conseguiu pelo seu Magistério Infalível.
     Só um coração pleno de Amor de Deus é capaz de amar como amou este Pontífice, ninguém amou tanto as almas como ele, razão pela qual seu amor pelas almas mereceu ser registrado pela Rainha do Céu e da Terra.
     Este Papa teve um amor que mereceu ser louvado pela Mãe de Deus, só por aí podemos imaginar a glória deste grande artífice da paz!
    O odor repugnante dos cadáveres não impôs limites a seu amor, pois amou o Corpo Místico de Cristo que é a Igreja aos extremos, muito além do normal, chegando mesmo a igualar aos excessos de Cristo na Cruz.
    Ele amou a Igreja e não saiu dela por causa do odor repugnante dos cadáveres, abraçou esses cadáveres com uma Caridade Misericordiosa e orou pela salvação das almas de todas as pessoas no mundo inteiro.
      Ele orou pela salvação das almas! 
     Este grande Papa foi educado na Escola da Misericórdia, que encontrou em Santa Faustina uma de suas maiores expoentes.
    Este Papa deve ter enchido seu coração com o conteúdo da oração que o Eterno Pai dignou-se ensinar para Santa Faustina, na qual se reza, entre outras coisas: "... tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro!"
    Como é contraditório pedir a Deus que tenha misericórdia dos outros sem que se deixe também inflamar desta mesma misericórdia pelo próximo, este grande Papa abriu seu coração para acolher nele o amor misericordioso de Deus, de tal modo que seu coração foi transformado num vaso da infinita misericórdia de Deus, razão pela qual ele não rejeitava amar mesmo aqueles que pelo seu modo de vida só mereciam ser tratados com repugnância.
    Este grande Papa abraçou, como fez São Francisco de Assis, o pobre leproso que se apresentou pelo caminho.
     Este Papa não abandonou a Barca que se afundava, mas como disse Nossa Senhora: "ia orando pela salvação das almas de todos que encontrava pelo caminho."
In Iesu.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Oração do Papa de Fátima ( I )


 Não há dúvidas que o Beato João Paulo II é um dos Papas de Fátima. Há sinais que a Divina Providência se dignou de por diante de nossos olhos para que pudéssemos identificar este grande Papa Mariano, a começar pelo seu Báculo, que faz referência à grande Cruz tosca da terceira parte do segredo, e depois o seu Brasão, cujo Lema era: Totus Tuus.
Com esse Lema João Paulo II se Consagrou inteiramente a Nossa Senhora, consagração que Nossa Senhora aceitou com alegria, fazendo dele um dos Papas de Fátima, da Mensagem de Fátima.
A Consagração de João Paulo II a Nossa Senhora é o sinal mais eloquente de que ele foi um dos Papas mostrado para as criancinhas nas Revelações de Fátima. 
A conclusão é muito simples: todo consagrado pertence a Nossa Senhora. Ora, João Paulo II se consagrou a Nossa Senhora. Logo, ele é o Papa d'Ela.
Na terceira parte da mensagem podemos notar como Nossa Senhora faz questão de chamar nossa atenção para a oração que este Grande Pontífice faz pelas almas das pessoas que ele vai encontrando pelo caminho por onde passa. 
A atitude orante deste Papa chama a atenção dos céus, pois revela algo que causa muita comoção ao Imaculado Coração de Nossa Senhora, revela a grandeza ímpar de coração deste Grande Papa. Revela a extraordinária Caridade deste Papa pela salvação das almas. Vejamos o que diz o texto: " O Santo Padre, antes de chegar aí (no cimo da montanha escabrosa), atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que ia encontrando pelo caminho."(Cf.Terceiro Segredo de Fátima).
Deixemos, por hora, as outras figuras, e nos atenhamos a figura que classifica de "cadáveres" às pessoas que tiveram a alegria de se encontrar com o Papa, seja pessoalmente ou nas grandes Peregrinações pelos países que ele visitou. 
Antes de tudo devemos observar bem de que Nossa Senhora não está falando de cadáveres em sentido literal, significando que o Papa encontraria gente morta por ocasião de uma grande catástrofe do tipo guerras ou queda de algum meteoro. Não, não é de uma catástrofe material que Nossa Senhora fala aqui, Ela fala de uma outra catástrofe muito pior que esta, fala de uma catástrofe espiritual.
Para melhor entender isso veja-se aquela passagem de São Paulo, onde ele diz que "muitos julgam estar vivos, mas na verdade estão mortos". O glorioso Padre Antônio Vieira, num de seus Sermões, se demorou bastante na explicação desta passagem que agora me foge da memória, mas que é conhecida de todos.
Os "cadáveres" que o Papa João Paulo II ia encontrando pelo caminho são as pessoas espiritualmente mortas para a graça de Deus, são aquelas pessoas que vivem entregues aos prazeres da carne, que corrompem toda dignidade cristã. 
O Papa percebe que o estado dessas pessoas é péssimo, os cadáveres são fétidos, causam naturalmente grande repugnância, mas mesmo assim este Grande Papa não se desespera e faz por eles o que comoveu os Céus: ora pela alma deles.
João Paulo II, vencendo toda a repugnância que naturalmente o estado cadavérico causa em nós, ora pela alma deles.
A repugnância causada pelo triste estado de pecado ou degradação moral dos seus fiéis não foi o limite para a imensa Caridade Misericordiosa de João Paulo II, inalando o fétido odor dos cadáveres não se recusa de fazer o bem de rezar pela alma deles. João Paulo II fez o bem para pessoas que não mereciam bem algum, fez o bem para uma geração depravada, fez o bem para quem merecia todos os castigos do céu e da terra.
Assim como seu Senhor, João Paulo II amou os seus até o fim.
E nós, rezamos pela alma das pessoas que nós repugnamos ou abominamos?
Beato João Paulo II, ora pro nobis Deum!
In Iesu.




segunda-feira, 15 de abril de 2013

O beijo de São João Paulo II no Alcorão



  Nesta foto podemos ver o humilde gesto do Papa São João Paulo II, que em 14/05/99 beija o Alcorão, no Vaticano, o Livro sagrado dos Muçulmanos.
          Na ocasião muitos se escandalizaram por gesto de grande significado místico. São Paulo Apóstolo nos aconselha a sempre julgarmos bem a nosso próximo. Pois bem, esse gesto foi mal interpretado por alguns. Qual, pois, seria a boa interpretação desse ato, já que é dever nosso julgar que nosso Papa jamais praticaria qualquer ação contra a fé e a moral?
        Para julgar bem o Papa, devemos fazer uma interpretação mística deste grande gesto de São João Paulo II. 
        Alguns místicos da Igreja, uns beatos, outros santos, outros ainda servos de Deus, ao comentarem sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, dizem que quando tiveram a visão de Cristo carregando a sua pesada Cruz, viram que Ele antes da a carregar em seus ombros, se inclinou e deu um beijo na Cruz.
         Ora, se aplicarmos os ensinamentos destas visões neste grande gesto do Papa, somos obrigados a chegar nas mesmas conclusões. O Papa, que é o doce Cristo na terra, beija o Alcorão, que é a Cruz que martiriza muitos cristãos em países muçulmanos. O beijo de Nosso Senhor na Cruz, simboliza o seu infinito amor por seus inimigos e por toda a humanidade pecadora. O beijo de Cristo na Cruz é sinal de sua infinita Caridade. Ora, o beijo que o Papa dá no Alcorão simboliza e repete o beijo que Cristo deu na Cruz, quando a tomou sobre seus ombros. Esse beijo revela a grande Caridade com a qual estava cheio o Papa São João Paulo II. A infinita caridade de Cristo moveu o Papa João Paulo II a beijar a cruz dos Cristãos em terras muçulmanas.
         Beato João Paulo II, ora pro nobis.



Um Intruso na Família





    Dom Fernando Arêas Rifan*                                                      
               Diante da derrocada dos valores familiares humanos e cristãos, pareceu-me interessante a seguinte crônica.
               Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem, e em seguida a convidou a viver com nossa família. A estranha aceitou e desde então tem estado conosco. Um intruso simpático e maldoso, sem cerimônia.
               Intrigante o lugar que ela ocupou em nossa família. Meus pais tentavam nos dar boa educação. Minha mãe nos ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai a obedecer. Eles nos transmitiam valores éticos. Ensinavam-nos a rezar. Mas eles eram apenas instrutores complementares, porque a estranha intrometida era nossa verdadeira educadora. Mantinha-nos enfeitiçados por horas. Ela falava sobre todos os assuntos: política, esportes, história, ciência, família e comportamentos. Fascinante, fazia-nos rir e chorar. Ela misturava coisas boas às ruins, como fazem todos os promotores do mal. Ela tirou a oração da nossa casa. Destruiu também a conversa, o diálogo sadio da família. Ela ensinou charmosamente que o namoro indecente, o adultério, o ódio, a vingança, a violência eram coisas normais. A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe dormia e se levantava cedo, enquanto o resto de nós ficava escutando a intrusa até tarde. Ela divertia, mas nos estressava.
               Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las. Aliás, o que era a normativa dela era o dinheiro e não a ética. As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa. Entretanto, nossa visitante de longo prazo, usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se envergonhar. Pelo menos, no começo. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Falava livremente sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
               Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha intrusa. Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso dos valores de meus pais; mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que ela veio para nossa casa. Ela mudou de roupa e penteado. Mas continua a formar conceitos, a destruir a união das famílias, a ensinar moral não cristã e permissiva. Ela (de)forma os jovens, entretém os adultos e é babá corruptora das crianças.
               Seu nome? Nós a chamamos de Televisão... Agora ela tem um marido que se chama Computador, seus filhos são, o Tablet, o iPad, e um filho adotivo, o Celular...!
               Aparelhos, digo eu, úteis se bem utilizados, são perniciosos quando sem controle, criando dependência, destruidores do diálogo sadio e verdadeiros veículos de lixo.
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

domingo, 14 de abril de 2013

A Imagem da Besta ( IV )



               

                     A Imagem da Besta conseguiu implantar na sociedade católica e em todas as sociedades do mundo inteiro uma outra cultura, dando morte à cultura católica em todos os países onde a Religião Católica se estabeleceu.
                      A televisão, que é a Imagem da Besta, não tirou a vida dos católicos, mas matou-lhes na sua fé e na sua cultura.
               A televisão mata a fé e a cultura, não os corpos, é de uma guerra cultural que estamos falando, levada a cabo com grande eficiência pela televisão, pela grande mídia mundial.
                     A televisão conseguiu formar cristãos apenas de nome, que dizem crer em Cristo e na Igreja, mas que não vivem segundo a sua fé, mas vivem sob a ditadura cultural do que aprendem e absorvem na Imagem da Besta.
                  "Operou grandes prodígios, de sorte que até fez descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens. Seduziu os habitantes da terra com os prodígios que se lhe permitiram fazer diante da besta, dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da besta, que tinha recebido um golpe de espada e recuperou a vida. Foi-lhe concedido dar espírito à imagem da besta, de modo que falasse a imagem da besta, e fazer que fossem mortos todos aqueles que não adorassem a imagem da besta."(Apoc.13, 13-15).
                  Os prodígios operados pela Besta podem ser as grandes descobertas que formam as grandes maravilhas da ciência e da tecnologia. As invenções e as descobertas da ciência e da tecnologia de hoje causariam uma grande impressão nas pessoas que viviam no tempo dos Apóstolos, e isso podemos notar nalguns indígenas que ficam pasmados quando pela primeira vez olham para uma televisão. O que para a nossa geração é coisa normal, seria um grande prodígio para as antigas gerações.
                  Portanto, no contexto da profecia, de como e por quem e quando ela foi recebida, é possível enquadrar as grandes invenções do século XX , tais como os aviões, os automóveis, a televisão, as armas, o celular, etc., como invenções que se postas diante de um habitante do século I° da nossa era, seriam recebidos por eles como verdadeiros prodígios ou estupendos fatos miraculosos. Portanto, quando o Apóstolo fala em "prodígios" podemos entender das coisas que seriam confundidas com verdadeiros milagres pelos antigos. 
            O prodígio de "fazer descer fogo do céu sobre a terra" parece lembrar a grande batalha do Profeta Elias contra os profetas de Baal. Lá no monte Elias desafiou os sacerdotes do Baal a um duelo religioso: quem tivesse o verdadeiro Deus, desceria fogo do céu sobre o altar no qual sacrificariam. Pois bem, os Sacerdotes de Baal fizeram de tudo para que o altar no qual eles sacrificavam fosse consumido pelo fogo, mas nada conseguiram, e o profeta zombava deles. Depois Elias sacrificou ao Senhor e desceu fogo do céu sobre o altar no qual ele sacrificou ao verdadeiro Deus. Parece que nos tempos atuais os seguidores da besta querem se vingar do profeta Elias, zombando do verdadeiro Deus.
             O Apóstolo diz os habitantes da terra foram seduzidos pelos prodígios da Besta, a qual ordenou que os habitantes da terra fizessem uma imagem da besta, para ser adorada.
               Como se pode ver o Apóstolo não pode estar falando de uma estátua gigante, como a de Shiva, ou a de Buda, ou a da Liberdade, pois não é possível que uma dessas imagens seja feita por todos os habitantes da terra.
               A imagem da besta que todos os habitantes da terra fizeram não pode ser construída pelas mãos de todos, mas pelos olhos de todos: essa imagem se faz pela vista, se todos a olham, ela vive, mas se ninguém a olhar, ela morre.
             Essa imagem só pode ser a televisão, que tem voz e movimento, e que só tem vida se todos a assistirem.
             Quem assiste a televisão, constrói, com seu ibope, a Imagem da Besta.
             A televisão é a imagem do anticristo.
             Decidamo-nos por Deus, nós estamos no fim dos tempos.
             Em Medjugorje Nossa Senhora pediu o jejum também da televisão.
         Troquemos a televisão pela reza do Terço, pela leitura do Livro das mensagens de Nossa Senhora, pela cultura cristã.
              Rainha da Paz, rogai por nós! Amém.
              In Iesu.
                  
                  

sábado, 13 de abril de 2013

A Imagem da Besta ( III ).


          

          Continuação da primeira e segunda partes.
          De tudo o que ficou dito conclui-se que a televisão é a imagem da besta, profetizada no Apocalipse de São João, já que a televisão é a única coisa que tem som e imagem nos tempos de hoje.   
           A televisão é a imagem da besta  que veio com o fim de acabar com a cultura cristã no mundo inteiro, implantando uma cultura totalmente anticristã.
          " Foi-lhe concedido dar espírito à imagem da besta, de modo que falasse a imagem da besta, e fazer que fossem mortos todos aqueles que não adorassem a imagem da besta."(Apo.13,15).
           Já sabemos, por meio do Pe. Stefano Gobbi, que foi um locucionista de Nossa Senhora, que a televisão é a imagem da besta, que tem voz e movimento, ou seja, é uma imagem que fala. Até aí tudo bem, esta interpretação acomoda-se perfeitamente com o texto bíblico, mas como conciliar que seriam mortos todos os que não assistissem a televisão?
           Sim, o texto é claro: depois que inventassem a televisão, ou seja, a imagem da besta, e conseguissem fazer que ela falasse e transmitisse imagens, isto é, que tivesse forma e movimento, a televisão daria a morte a todos aqueles que não assistissem ou cultuassem a IMAGEM DA BESTA.
           Como é que a televisão dá a morte e quem são os que não aceitaram adorar a imagem da besta, ou seja, não aceitaram assistir a televisão?
            A televisão é uma potência que milita contra uma cultura, quer dar morte, isto é, fazer desaparecer da face da terra uma cultura, uma civilização, e essa cultura, essa civilização, que a televisão visa destruir, é a cultura e a civilização católica.
            A televisão ataca e está atacando todos os princípios da Igreja Católica, seja defendendo o divórcio, o aborto e o casamento homossexual, etc.
             Eles combatem o catolicismo, de tal forma que a morte jurídica  da cultura cristã já foi decretada na sociedade atual, em que vivemos.
            Antigamente, como dizia o Papa Leão XIII, a Igreja inspirava todos os setores da sociedade com a luz do Evangelho, as leis e os estados eram regidos pela luz do evangelho, mas hoje o poder da Igreja de influenciar os povos e os estados está sendo pisoteado tenazmente pela imagem da besta: a televisão.
            A televisão conseguiu seduzir uma grande parte ou a maioria das pessoas no mundo inteiro, grandes e pequenos, pobres e ricos, eclesiásticos e civis, de tal forma que ela se tornou o centro cultural de toda a sociedade.
            A fascinação pela televisão se tornou tão grande que o Apóstolo, quando viu as pessoas que foram seduzidas assistindo televisão, definiu essa submissão, essa cultura, sim, porque o assistir televisão também é uma cultura, de adoração.
            Chamou de adoração á cultura de assistir televisão todos os dias. 
            Dentre todos os sentidos para adoração, um deles é cultura.
            A adoração é, na verdade, uma espécie de cultura, e no Apocalipse São João utiliza esta palavra para indicar que a televisão seria uma nova cultura que se imporia contra a cultura religiosa que reinava nas famílias antigamente, como por exemplo o salutar costume que tinham de rezar o Terço todos os dias.
            A televisão acabou com a oração em família: a cultura do sagrado deu lugar à cultura do profano.
            A cultura da televisão é o pecado. Deu morte aos cristãos, ou seja, aos católicos, porque nenhum católico tem mais vez nem prestígio na sociedade, as pessoas só valem se professarem uma cultura mundana imposta pela televisão. Se tentarem se expressar de acordo com a fé católica imediatamente são podadas ou desprezadas. 
            A televisão semeou e criou um clima fortemente hostil contra a religião católica na sociedade, e assim procura dar morte a todos os católicos que não assistem a televisão, que não se deixam pautar por suas doutrinas perniciosas.
            A televisão sufocou de tal maneira o cristianismo que já não é mais possível , sem grande esforço, dar gritos de "Vivas a Cristo Rei", pois a televisão conseguiu, com grande maestria, opor a Cristo uma cultura que diz "morte a Cristo"!
            Caro amigo (a), diante dessa situação há uma escolha: decida-se sem medo por Cristo, pois só Deus merece nossa servidão, não a rede podre de televisão.
            Continua.
             In Iesu.

             

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Imagem da Besta ( II ).


O perigo da Televisão: A profecia de 1957



   Continuação...

     A revolução ou o grande progresso científico e tecnológico, que estão profetizados nas palavras de Cristo, Deus e Senhor nosso, quando Ele disse: "Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras..."(Mt.24,6), marcam de forma evidente a época do tão esperado FIM DOS TEMPOS, que é o século XX e XXI.
    Tudo leva a crer que estamos nestes tempos profetizados por Cristo nos Evangelhos e no Apocalipse.
     Mas o que tem a ver a IMAGEM DA BESTA com esta profecia de Nosso Senhor, onde Ele anunciou que chegaria um tempo, e este tempo já chegou, em que haveria um grande progresso na área da ciência e da tecnologia?
     Há uma estreita correlação entre o apocalipse dos evangelhos e o apocalipse de São João, e o grande progresso científico e tecnológico responde o que venha a ser a IMAGEM DA BESTA, profetizada por São João no Apocalipse, o último Livro da Bíblia.
     Portanto, a ciência e a tecnologia respondem o que seja a tão misteriosa IMAGEM DA BESTA. Tentaremos mostrar o que venha a ser esta imagem da besta, com a finalidade de afastar dela todos os que a vierem descobrir por este texto.
     Passemos agora a analisar o texto do Apocalipse, que fala sobre a invenção da Imagem da Besta.
     "... Operou grandes prodígios, de sorte que até fez descer fogo do céu sobre a terra à vista dos homens. Seduziu os habitantes da terra com os prodígios que se lhe permitiam fazer diante da besta, dizendo aos habitantes da terra que fizessem uma imagem da besta, que tinha recebido um golpe de espada e recuperou a vida. Foi-lhe concedido dar espírito à imagem da besta, de modo que falasse a imagem da besta, e fazer que fossem mortos todos aqueles que não adorassem a imagem da besta."(Apo.13,14-15).
       
Este é um texto de difícil interpretação, sendo impossível, sem a ajuda de Deus, entender a minima palavra a respeito dele.
       Como é impossível interpretá-lo sem a ajuda de Deus, recorreremos ao Pe. Stefano Gobbi, fundador do Movimento Sacerdotal Mariano, que foi um Sacerdote exemplar e místico notável da Igreja Católica, no século passado.
       O Pe. Stefano Gobbi foi um destes predestinados, a quem a graça divina se dignou de assisti-lo e dotá-lo de dons sobrenaturais, tais como o convívio íntimo com Nossa Senhora, de quem ele recebia revelações místicas através de locuções internas.
       Numa dessas locuções, Nossa Senhora lhe comunicou luzes até antes desconhecidas sobre as páginas misteriosas da Sagrada Escritura.
       Luzes que talvez, sem a ajuda d'Ela, seria impossível conhecer. Pois bem, numa de suas confidências, Nossa Senhora lhe havia ensinado que a televisão seria a imagem da besta, aqui descrita no livro do Apocalipse, já que é um instrumento que possui "forma e movimento".
       A televisão é uma imagem que fala! A televisão é, portanto, aquilo que responde o que seja a IMAGEM DA BESTA.
       A televisão é um grande prodígio da tecnologia, é o veículo de comunicação que mais se opõe a Cristo e seu Evangelho, que mais forma ou gera opiniões em oposição frontal a Deus, a Cristo e ao Evangelho.
       A televisão é a imagem e a voz do Anticristo!
       Continua.
       In Iesu.
      

     

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Imagem da Besta ( I ).


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     Disse Jesus a seus Apóstolos: "Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras..."(Mt. 24,6).
     Naquele tempo Nosso Senhor Jesus Cristo disse o que iria acontecer antes de sua segunda vinda. Ora, a noticia de guerras e de rumores de guerras é um dos sinais que precedem o fim dos tempos. Nas entrelinhas destas palavras podemos notar como Nosso Senhor Jesus Cristo penetra no conhecimento do futuro da história e desvenda com extraordinária precisão os acontecimentos que se relacionam com estas palavras.
     Nas entrelinhas desta profecia podemos notar que Nosso Senhor, ao proferir estas palavras, também anuncia, como tema de fundo, juntamente a época em que essas palavras d'Ele viriam se realizar.
     Antes de tudo devemos observar que esta profecia não poderia cumprir-se antes que a Igreja de Cristo estivesse espalhada por toda a terra, e em toda a parte oferecesse a Deus um sacrificio puríssimo, conforme o que disse Malaquias: "Eis que desde o nascer do sol até o seu ocaso sacrificam a Mim em todo lugar e oferecem em meu nome uma oblação toda pura, pois grande é meu nome em todas as nações."(Mal.1,11). Pois bem, foram necessários dois mil anos para que a Igreja de Cristo se espalhasse por toda a parte e em todo lugar oferecesse a Deus o sacrificio da Missa, que é o culto a Deus instituido por Nosso Senhor Jesus Cristo.
      A Igreja ensina que a profecia de Malaquias cumpriu-se plenamente em Nosso Senhor Jesus Cristo, aliás, Ele mesmo disse que veio para cumprir toda a escritura.
      A profecia do Profeta Malaquias realiza-se na celebração do santo sacrifício da Missa, que foi instituido por Nosso Senhor Jesus Cristo, na noite de quinta - feira santa, antes de sua paixão e morte de cruz.
      Todos os dias, em todas as partes do mundo, um sacerdote oferece o sacrificio da Missa a Deus. Esse é um fato que se identifica plenamente com as palavras da profecia de Malaquias.
       A Igreja de Cristo está em todas as partes do mundo, razão pela qual ela é chamada de Católica, palavra de origem grega, que significa Universal, exatamente por estar espalhada e estabelecida em toda parte e em todos os tempos, desde a sua fundação.
       Foi a esta Igreja, Católica, Apostólica e Romana, que Jesus se referiu quando, ao estabelecer o Papado sobre Pedro, disse:"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela."(Mt.16,18).
       O relato da instituição do Papado sintetiza a profecia do Profeta Malaquias, pois a palavra "edificarei",  conjugada no futuro, é uma afirmação de que essa Igreja se espalharia por todo o orbe da terra, e também sintetiza a predição das "guerras" e dos "rumores" das guerras, ao afirmar que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
      O verbo "edificarei" refere-se não à um edifício por construir ainda, mas à um edifício já acabado, concluído. Portanto, quando Nosso Senhor pronunciou estas palavras Ele já via sua Igreja estabelecida em todas as partes do mundo. Estas palavras de Nosso Senhor compreendem desde o principio, desde a fundação de sua Igreja, até o final de sua carreira na consumação do mundo.
      Assim sendo, o relato da instituição do Papado compreende as profecias de Malaquias 1,11 e Mateus 24,6.
      Mas então, qual é a época anunciada por Cristo, como tema de fundo de sua Profecia? O que Ele predisse realizar-se-ia numa época futura, mas em que época? É possível conhecer essa época nas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo?
      Se bem examinada sim, é possível conhecer em que época a profecia de Nosso Senhor se realizou.
      Vejamos. Ele disse: "Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras..."
      Guerras sempre existiram, desde o principio do mundo, mas naquele tempo, mais precisamente no tempo de Jesus, a Igreja ainda não estava estabelecida por todas as partes e ainda não era possível que os cristãos ouvissem as notícias sobre guerras e rumores de guerras, porque naquele tempo os meios de comunicação não existiam a não ser por meio de mensageiros que demoravam meses e anos para entregar uma notícia. Naquele tempo era impossível receber, de uma hora para outra, notícias de um ao outro lado da terra.
       Mas Nosso Senhor disse que quando o fim dos tempos estivesse perto, os cristãos ouviriam sim as notícias sobre guerras e rumores de guerras. 
       Somente no século XX seria possível aos cristãos e a todas as pessoas, ouvirem, de uma hora para outra, notícias sobre guerras e rumores de guerras, através dos meios de comunicação social que o homem inventou através da tecnologia.
        Portanto, Nosso Senhor previu e anunciou que chegaria um tempo em que haveria um grande progresso científico e tecnológico, no qual seria possível ao homem ouvir, de uma hora para outra, ou mesmo em instantes, uma notícia de um canto a outro da terra, através dos meios de comunicação.
        O século XX é o século deste imenso progresso na área da ciência e tecnologia, o que nos leva a crer que estamos vivendo os tempos anunciados por Cristo nos Evangelhos e no Apocalipse.
        No século XX tivemos duas grandes guerras mundiais, e depois tivemos também a guerra fria, e hoje paira no ar a ameaça de uma possível III grande guerra.
        A invenção do rádio, da televisão e do computador são anunciados nas palavras de Nosso Senhor e são o marco que identificam a época de sua realização. 
        Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem,  já sabia tudo antes de acontecer, de tal forma que as profecias de Nosso Senhor são sinais evidentes que atestam sua Divindade, a Ele toda a honra, glória e adoração, agora e para sempre. Amém.
        Mas o que tem a ver a profecia na qual Nosso Senhor anuncia um grande progresso científico e tecnológico, com o tema deste texto: A IMAGEM DA BESTA?
        Continua.
        In Iesu.