sábado, 20 de abril de 2013

A Oração do Papa de Fátima ( II )


  Na terceira parte da mensagem de Fátima, revelada pelo Vaticano, é possível contemplar um louvor inaudito ao Bispo vestido de branco, tecido pelos lábios da Belíssima Senhora vestida de branco. Esta mensagem traz a maior honra jamais recebida por um homem na terra, traz a honra de ter sido louvado pela própria Rainha do Céu e da Terra, a Mãe de Deus, que apareceu para as três criancinhas na Cova da Iria, em Fátima.
     É tão agradável aos Céus a oração deste Papa que Ela faz questão de fazer notar. Ela diz: "... ia orando pelas almas dos cadáveres que ia encontrando pelo caminho."
     Os cadáveres além de serem fétidos, repugnantes, não têm vida, são insensíveis, e o Papa de Fátima teve que se encontrar com eles, pregar para eles o Evangelho.
    Mas o estado cadavérico destas pessoas tornavam as palavras deste Papa como que jogadas ao vento, pois como estavam espiritualmente mortas para a graça de Deus, olvidavam suas palavras, causando-lhe grande tristeza, pois conforme ensina São Pedro Julião Eymard, não há maior ofensa que desacreditar as palavras de alguém, ao comentar aquela passagem do Evangelho, onde Jesus diz:                  "Quem Me ama, ouve as Minhas palavras".
     Quando este Papa percebe que não escutam suas palavras, seu coração, que é provado pela tristeza, não desiste de perseguir o fim para o qual Deus o elegeu Pontífice Máximo e então começa a orar pela salvação das almas desses pobres cadáveres, pois tenta conseguir com a oração o que não conseguiu pelo seu Magistério Infalível.
     Só um coração pleno de Amor de Deus é capaz de amar como amou este Pontífice, ninguém amou tanto as almas como ele, razão pela qual seu amor pelas almas mereceu ser registrado pela Rainha do Céu e da Terra.
     Este Papa teve um amor que mereceu ser louvado pela Mãe de Deus, só por aí podemos imaginar a glória deste grande artífice da paz!
    O odor repugnante dos cadáveres não impôs limites a seu amor, pois amou o Corpo Místico de Cristo que é a Igreja aos extremos, muito além do normal, chegando mesmo a igualar aos excessos de Cristo na Cruz.
    Ele amou a Igreja e não saiu dela por causa do odor repugnante dos cadáveres, abraçou esses cadáveres com uma Caridade Misericordiosa e orou pela salvação das almas de todas as pessoas no mundo inteiro.
      Ele orou pela salvação das almas! 
     Este grande Papa foi educado na Escola da Misericórdia, que encontrou em Santa Faustina uma de suas maiores expoentes.
    Este Papa deve ter enchido seu coração com o conteúdo da oração que o Eterno Pai dignou-se ensinar para Santa Faustina, na qual se reza, entre outras coisas: "... tende Misericórdia de nós e do mundo inteiro!"
    Como é contraditório pedir a Deus que tenha misericórdia dos outros sem que se deixe também inflamar desta mesma misericórdia pelo próximo, este grande Papa abriu seu coração para acolher nele o amor misericordioso de Deus, de tal modo que seu coração foi transformado num vaso da infinita misericórdia de Deus, razão pela qual ele não rejeitava amar mesmo aqueles que pelo seu modo de vida só mereciam ser tratados com repugnância.
    Este grande Papa abraçou, como fez São Francisco de Assis, o pobre leproso que se apresentou pelo caminho.
     Este Papa não abandonou a Barca que se afundava, mas como disse Nossa Senhora: "ia orando pela salvação das almas de todos que encontrava pelo caminho."
In Iesu.

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