sábado, 4 de junho de 2016

O PECADO DE FALAR MAL DOS SACERDOTES: DE JESUS À SANTA CATARINA DE SENA


No Rito da Sagração de um Bispo, segundo a Forma Extraordinária, há uma imprecação contra todo(s) aquele(s) que falar(em) mal de um Bispo:
"Quem falar mal dele seja amaldiçoado; quem dele disser bem seja cumulado de bênçãos!" (Da cerimônia da Sagração Episcopal, em uso no Rito Tridentino). 
Se falar mal de um Bispo incorre-se nessa censura, que dizer então dos que falam mal dos Papas?
Alguns podem dizer que há Bispos maçons e comunistas infiltrados na Igreja, e que isto daria o direito de julgá-los e combatê-los. Ora, até agora não há nenhuma prova de que isso seja verdade. Esses boatos nada mais podem ser que ficção ou teorias da conspiração. Se não me engano essas acusações de que no Vaticano há agentes maçônicos, comunistas e iluminatis infiltrados com o fim de destruir a Igreja, surgiram e foram espalhadas a partir das falsas aparições de Nossa Senhora a Clemente Domingues, fundador da Igreja Palmariana, bem como das pseudo-visões de Verônica Luken, nos USA, e de algum outro visionário ou visionária qualquer. Aqui no Brasil também temos pseudo-visionários: o Bento da Conceição, em Camboriú - SC, e Cláudio Heckert, de Porto Belo-SC. 
Quanto a isso, vejamos o que diz uma Revelação Particular aprovada pela Igreja sobre o não julgar nem falar mal dos Sacerdotes, citado por um Padre ao fazer um comentário num site que fala mal do Papa, dos Bispos e dos Padres.
"NÃO PERSEGUIR OS SACERDOTES
“Não toqueis nos meus cristos” (Salmo CV, 15).
No tocante a este assunto seríssimo por se tratar de uma advertência do próprio Divino Espírito Santo, decidi não empregar uma só palavra minha. Lembrei-me do “DIÁLOGO” do próprio Deus com Santa Catarina de Sena. Eis o que Deus lhe disse atinente ao título do artigo em apreço:
“Os ministros são ungidos meus. A respeito deles diz a Escritura: “Não toqueis nos meus cristos” (Sl 105, 15). Quem os punir cairá na maior infelicidade. Se me perguntares por que a culpa dos perseguidores da santa Igreja é a maior de todas e, ainda, por que não se deve ter menor respeito pelos meus ministros por causa de seus defeitos, respondo-te: porque, em virtude do sangue por eles ministrado, toda reverência feita a eles, na realidade não atinge a eles, mas a mim. Não fosse assim, poderíeis ter para com eles o mesmo comportamento de praxe para com os demais homens. Quem vos obriga a respeitá-lo é o ministério do sangue. Quando desejais receber os sacramentos, procurais meus ministros; não por eles mesmos, mas pelo poder que lhes dei. Se recusais fazê-lo, em caso de possibilidade, estais em perigo de condenação. A reverência é dada a mim e a meu Filho encarnado, que somos uma só coisa pela união da natureza divina com a humana. Mas também o desrespeito. Afirmo-te que devem ser respeitados pela autoridade que lhes dei, e por isso mesmo não podem ser ofendidos. Quem os ofende, a mim ofende. Disto a proibição: “Não quero que mãos humanas toquem nos meus cristos”!
Nem poderá alguém escusar-se, dizendo: “Eu não ofendo a santa Igreja, nem me revolto contra ela; apenas sou contra os defeitos dos maus pastores”! Tal pessoa mente sobre a própria cabeça. O egoísmo a cegou e não vê. Aliás, vê; mas finge não enxergar, para abafar a voz da consciência. Ela compreende muito bem que está perseguindo o sangue do meu Filho e não os pastores. Nestas coisas, injúria ou ato de reverência dirigem-se a mim. Qualquer injúria: caçoadas, traições, afrontas. Já disse e repito: não quero que meus cristos sejam ofendidos. Somente eu devo puni-los, não outros. No entanto, homens ímpios continuam a revelar a irreverência que têm pelo sangue de Cristo, o pouco apreço que possuem pelo amado tesouro que deixei para a vida e santificação de suas almas. Não poderíeis ter recebido maior presente que o todo-Deus e todo-Homem como alimento. Cada vez que o conceito relativo aos meus ministros não coloca em mim sua principal justificativa, torna-se inconsistente e a pessoa neles vê somente muitos defeitos e pecados. De tais defeitos falarei em outro lugar. Mas quando o respeito se fundamenta em mim, jamais desaparece, mesmo diante de defeitos nos ministros; a grandeza da Eucaristia não é diminuída por causa dos pecados. A veneração pelos sacerdotes não pode cessar; se tal coisa acontecer, sinto-me ofendido.
São muitas as razões que fazem desta ofensa a mais grave. Vou lembrar apenas três. A primeira, é porque os perseguidores agem contra mim em tudo o que fazem em oposição aos meus ministros. A segunda, é porque desobedecem àquela ordem pela qual proibi que meus sacerdotes fossem tocados. Ao persegui-los, os homens desprezam a riqueza do sangue de Cristo recebida no batismo. Desrespeitando o sangue de Jesus e perseguindo os ministros, rebelam-se e tornam-se membros apodrecidos, separados da jerarquia eclesiástica. Caso venham a morrer obstinados em tal revolta e desrespeito, irão para a condenação eterna. Se reconhecerem a própria culpa na última hora, humilhando-se e desejando a reconciliação, mesmo que não o consigam fazer exteriormente, serão perdoados. Mas não devem esperar pelo momento da morte, pois será incerto o próprio arrependimento. A terceira razão, pela qual este pecado é o mais grave, está no seguinte: é uma falta maldosa e deliberada. Os perseguidores têm consciência de que o não devem cometer, sabem que vão pecar; cometem um ato de orgulho, em que não entram atrações sensíveis, muito pelo contrário. Tais pecadores arriscam a alma e o corpo: a alma, privando-se da graça, muitas vezes em meio a remorsos da consciência; o corpo, gastando seus bens a serviço do diabo e indo morrer como animais. Não, este pecado cometido contra mim não possui características de satisfação ou prazer pessoais; acompanham-no apenas os desvarios e a maldade do orgulho! Um orgulho que nasce do egoísmo e daquele medo próprio de Pilatos, quando matou meu Filho por temor de perder o cargo. É o que sempre fizeram e fazem os perseguidores. Os demais pecados procedem de uma certa simploriedade, de ignorância ou satisfação pessoal desordenada, de certo prazer ou utilidade presentes no ato mau. Naqueles pecados, o homem prejudica a si mesmo, ofende a mim e ao próximo. Ofende-me por não me glorificar; ao próximo, por não o amar. Na realidade, não se ergue frontalmente contra mim; ergue-se contra si mesmo, e isso me desagrada. Já no pecado de perseguição contra a santa Igreja, sou ofendido diretamente. Os outros vícios possuem uma justificativa, uma razão intermediária. Já afirmei que todo pecado e virtude são feitos no próximo. O pecado é ausência de amor por mim e pelos homens; a virtude é amor caritativo. Neste pecado, os maus perseguem o próprio sangue de Cristo ao se investirem contra meus ministros, e privam-se de sua riqueza espiritual. Entre todos os homens, os distribuidores do sangue do meu Filho, em quem vossa natureza está unida à minha. Quando consagram a Eucaristia, os ministros, o fazem na pessoa de Jesus. Como vês, realmente este pecado é dirigido contra meu Filho; por conseguinte, contra mim, pois somos um. É uma falta gravíssima. Não se dirige aos ministros, dirige-se a mim. Também o respeito demonstrado para com eles, considero-os como se fossem para mim e meu Filho. Por tal motivo te dizia que, se colocasses de um lado todos os demais pecados e este, sozinho, do outro, o último ser-me-ia mais ofensivo. (…) Em suma, ninguém deveria perseguir meus sacerdotes por causa de defeitos seus!”
In Iesu.

5 comentários:

  1. Esta matéria é um tanto maliciosa porque há sim maus padre que fazem um "estrago" na fé dos fieis e precisam sim ser repreendidos tanto pelo clero como que pelo povo com verdadeira caridade que somente existe unida a verdade.

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  2. Esta matéria esta fechando os olhos que existem padres assim como bispos que são comunistas e outros que são maçons. Por testemunhos de diversas pessoas dá pra se perceber que existem sim, tem uns até que admitem. Aqui no Brasil estão cheios deles. Cego são aqueles que não querem ver, se não existissem padres maçons, não existiria tantos católicos se filiando a Maçonaria e defendendo a Maçonaria com unhas e dentes. Eu conheço "católicos" maçons e eles próprios admitem que existem sacerdotes católicos filiados com a Maçonaria também e que inclusive esses "católicos" são maçons porque próprios sacerdotes deixaram e muitos destes sacerdotes também deixam maçons serem Ministros da Eucaristia. Existem vários padres que cometem heresias. . . não é só o Padre Fabio de Melo. Porém, o Padre Fabio de Melo se tornou uma pessoa midiática, E com as suas heresias podem levar muitas almas a perdição. "O padre não vai sozinho para o céu. Nem para o inferno. Se agir bem, irá para o céu com as pessoas que ajudou com seu bom exemplo. Se for infiel, se se envolver em escândalos, se perderá com as pessoas condenadas por seu escândalo" (Dom Bosco). “Não procure os bons padres entre os famosos e prestigiados. Os bons padres são odiados ou esquecidos pelo mundo" (São Luís Maria Grignion de Montfort). "Ou o sacerdote é um santo ou é um demônio. Ou santifica ou arruína" (São Padre Pio).

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    1. http://domfernandorifan.blogspot.com.br/2016/10/maledicencia.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+DomFernandoRifan+(Dom+Fernando+Rifan)

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  3. Eu gostaria de saber porque também o Fábio de Melo assim como outros não tem respeito com os hábitos eclesiásticos, se a Igreja é bem clara quanto aos hábito eclesiáticos? E por que ele assim como outros se envolve com partidos comunistas, se envolve em shows comunistas do PT, logo o PT que é o partido mais abortista do Brasil, sendo que a Igreja é bem clara que isso é motivo de excomunhão? Por que os bispos não tomam atitudes com estes padres e até mesmo com outros bispos? Cadê a excomunhão, engavetaram?

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    1. É preciso não perder a própria identidade ao entrar em contato com os outros. Esses Padres agem de tal forma que escapam das penalidades.

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