terça-feira, 26 de agosto de 2014

A JACULATÓRIA ENSINADA POR NOSSA SENHORA EM FÁTIMA

NOSSA MISSÃO NESTA VIDA É AMAR!
 Numa das aparições em Fátima, Nossa Senhora ensinou às três criancinhas uma belíssima oração jaculatória cheia de sentidos e ensinamentos sublimes.
A oração ensinada por Nossa Senhora é: "Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, e socorrei principalmente as que mais precisarem. Amém."
Nossa Senhora ensinou essa oração logo após a visão do inferno, que encheram de pavor as criancinhas, mas muito mais que isto, essa visão encheu os coraçãozinhos deles de muita compaixão, que outra coisa não é que a Caridade num dos seus mais altos níveis.
A beata Jacinta tinha muita pena daquelas almas que viu sofrerem no fogo do inferno, e redobrava suas orações e penitências para livrar do inferno o maior número possível de almas.
Depois que Nossa Senhora lhes mostrou o terrível inferno, disse para eles rezar e fazer penitência pelos pobres pecadores, porque vão muitas almas para o inferno porque ninguém reza nem se sacrifica por elas.
Nossa Senhora estava ensinando às criancinhas o amor pelo próximo, e uma fé inabalável na infinita Bondade de Deus.
Alguns teólogos, ao examinarem a visão do inferno, disseram que essa visão não podia ser realmente do inferno, porque Nossa Senhora disse que para livrar aquelas almas do inferno viria pedir a devoção a seu Imaculado Coração, mas seria uma profecia do terrível estado de alma das pessoas que viveriam nos séculos XX e XXI, pois Nossa Senhora afirmara que para livrar elas do inferno seriam necessários a oração, a penitência e a devoção a seu Imaculado Coração.
Cogitaram em profecia, porque a doutrina Católica ensina que quem cai no inferno nunca mais sai daquele lugar, ao passo que depois da visão Nossa Senhora fala na possibilidade de livrar do inferno essas pobres almas. 
A visão do inferno mostra uma realidade totalmente pessimista que a Igreja enfrentaria nos séculos vindouros.
De fato, para alguns, está tudo perdido hoje, o pecado reina em toda parte, e os católicos praticantes são tentados ao pessimismo e a julgar que está tudo perdido, que todo mundo está para sempre condenado ao inferno, o que não é verdade, pelas conclusões lógicas e teológicas que podemos tirar da visão e da mensagem de Nossa Senhora de Fátima. 
Contra o pessimismo Nossa Senhora oferece a oração e a penitência como solução para todos os problemas espirituais e materiais dos séculos XX e XXI. 
Nossa Senhora ensina e propõe a Caridade como a solução e salvação do mundo nos séculos de profundas trevas espirituais que viriam após as grandes revelações marianas do século XX, em Fátima.
Ao mostrar o inferno enche o coração das criancinhas de muita compaixão e de muita pena dos pobres pecadores, e eles são movidos a rezarem e a se penitenciarem mais do que o normal pela conversão dos pecadores, para livrar eles do terrível e temível inferno. Ora, isso nada mais é que amor ao próximo, ou seja, Caridade. E a Caridade é o Mandamento do Senhor, o Novo Testamento de Jesus Cristo.
Em Fátima Nossa Senhora revela o Amor de Deus como a solução para a salvação da humanidade mergulhada no ódio e no pecado.
Em Fátima Nossa Senhora deixou um recado para os cristãos que viveriam em meio a essa grande crise, esse recado era para que eles permaneçam inabaláveis no Amor de Deus, que creiam firmemente no Amor de Deus por todos e por tudo, que em Deus só há Amor, aliás, Ele mesmo é Amor.
A mensagem de Fátima nos pede para não nos deter no pessimismo, mas quando se encontrar com essa situação, prosseguir avante no Amor, passando para um otimismo heroico e extraordinário de que Deus no fim tudo e a todos salvará, se nós, deixando que Deus nos encha de seu amor e misericórdia, rezemos e façamos penitência pela salvação de todos os pecadores de nosso tempo, principalmente daqueles que podem ser contados já em vida entre o número dos proscritos. 
Não mostrou o inferno para que tenhamos medo do inferno, mas para que tenhamos amor pelo próximo, para que rezemos e nos sacrifiquemos uns pelos outros, para que tenhamos fé no infinito Amor de Deus.
Na Encíclica Lumen Fidei o Papa Francisco professa que nós cremos no Amor de Deus. Sim, é nesse Amor que devemos crer. 
Esse Amor e a fé no Amor de Deus é ensinada por Nossa Senhora na sua oração jaculatória, que Ela teve a imensa bondade de nos ensinar em Fátima, procuremos examinar bem o sentido dessa oração.
Ela disse, ensinando: "Rezai assim: Ó meu Jesus"... Nos apresenta e nos coloca na presença de Jesus, seu Divino Filho. Eleva nossas almas a Deus, fazendo-nos falar com seu Filho. Ora, quem se dirige à Deus, pedindo alguma coisa, deve crer que Deus concederá aquilo que é pedido, nessa oração Nossa Senhora nos ensina a pedir a Jesus o perdão dos pecados para nós e para as outras pessoas, quando acrescenta; "... perdoai-nos,...".
Nossa Senhora tem certeza absoluta que Jesus quer perdoar a todas as pessoas que nessa visão as criancinhas as viram no inferno. Se Jesus quer perdoar a todos, é sinal que Ama a todos, mesmo à esses que os bons católicos correm o risco de julgar já para sempre condenados nos séculos XX e XXI, por causa da vida pública de pecados e de ateísmo prático e teórico que viriam a viver nesses séculos de trevas. Ainda continua, dizendo: "... livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, socorrei principalmente as que mais precisarem."
Deus se comunica na oração. Isso quer dizer que se na oração pedimos a Deus para nos perdoar, Ele nos perdoa, e nos comunica o seu perdão, para que também nós possamos juntamente e em comunhão com Ele perdoar as pessoas por quem rezamos. 
O fruto da oração de Fátima é a prática do perdão divino, uma comunhão com o Cristo sofredor e moribundo na Cruz, quando orou ao Pai, dizendo: "Pai, perdoai-lhes, pois eles não sabem o que fazem."
Nesse sentido a oração de Fátima deve se transformar em vida em nossos corações, de tal forma que nos faça ser para os outros o que Nossa Senhora ensinou a pedir nessa belíssima oração: perdão e misericórdia para com nosso próximo, e para com o mundo inteiro.
Essa doutrina de Fátima nós a encontramos no Papa Francisco e no Papa Emérito Bento XVI, nos Santos João Paulo II e São João XXIII, recentemente canonizados pelo Papa Francisco.
Em nada é diferente do conteúdo dessa oração as máximas de Francisco, no inicio de seu Pontificado: "Deus perdoa sempre!" e "Deus não se cansa de perdoar!"
Se Deus é perdão, a Caridade mais excelente, como disse Nossa Senhora Rosa Mística à Serva de Deus, Pierina Gilli, também é verdade que Ele quer nos transformar nessa virtude que O qualifica, razão pela qual podemos muito bem afirmar juntamente com o Papa Francisco que "a Igreja nunca esteve melhor como hoje", pois nunca como hoje é possível praticar sem sessar a virtude tão excelente do perdão ao próximo, e assim podermos compreender um pouquinho daquilo que disse São João da Cruz que "Deus tem prazer em perdoar!"
São João Paulo II, pouco antes de morrer, disse: "Só a Caridade salva e converte!"
Nossa missão é, portanto, como revelou Deus à Glória Polo, a de ser Apóstolos do Amor de Deus.





quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O MILAGRE DAS HÓSTIAS


HÓSTIAS CONSAGRADAS LEVANTAM-SE POR SI MESMAS CONTRA A COMUNHÃO NA MÃO.



           "Uma das mais sérias e respeitáveis publicações religiosas da Itália, que se edita em Bréscia, sob responsabilidade do notável sacerdote doutor Luigi Villa e do famoso professor Dietrich von Hildebrand, autor de "O Cavalo de Troia na cidade de Deus", divulga em seu numero de Junho de 1973 um extraordinário fato, que parece realmente um grande milagre eucarístico. Meus leitores o conhecerão agora e tirarão suas próprias conclusões. Diz a revista "CHIESA VIVA":
             "No dia 2 de julho de 1970, um padre insuspeito e muito digno, escrevia-nos uma carta contando um fato extraordinário de hóstias consagradas que se levantaram do cibório por si mesmas.
             Num desses últimos domingos, (21 ou 28 de Junho/70), na missa paroquial das 7 horas, na Igreja de Beauceville, no Canadá, o pároco Dom Carlo Eugene Houde, de aproximadamente 50 anos, celebrava a Santa Missa. Avisara que, daquela data em diante, os fiéis tinham permissão de comungar recebendo a Santa Hóstia na mão, segundo determinação do Arcebispo de Quebec. Antes da Missa, havia dito a seus paroquianos palavras  mais ou menos assim: "Para evitar complicações e diferenças, todos deveis comungar recebendo a Santa Hóstia na mão."
             Ao momento da comunhão, o Sacerdote Dom Houde dirigiu-se ao povo, com a âmbula nas mãos, mas antes que tomasse a primeira Hóstia para entregá-la ao comungante, eis que umas 50 partículas consagradas saíram por si mesmas do cibório e, erguendo-se no ar, se dispuseram em semi-circulo em torno do celebrante. Passados alguns instantes, foram caindo lentamente em terra, pousando no pavimento junto ao altar. Dom Houde ficou totalmente surpreendido diante daquela maravilha e quedou-se aterrado e mudo, pálido e imobilizado de espanto.
             Quando se refez da profunda emoção, internamente inspirado disse aos fiéis também atônitos, que se aproximavam para comungar: "Dora em diante, todos comungareis recebendo a Santa Hóstia sobre a língua e nunca sobre a mão, pois o bom Deus se dignou dar-nos um vivo sinal!" E inclinando-se respeitosamente, recolheu as Hóstias dispersas sobre o tapete e distribuiu contritamente a Santa Comunhão. E sempre repetia: "Jamais em minha vida darei a comunhão nas mãos!"
            O Senhor quis mostrar que a comunhão na mão equivale a lançar a Santa Hóstia por terra, porque são incontáveis os fragmentos que caem das mãos dos comungantes e se perdem pelo chão ou se prendem nos vestuários. Eis porque a Igreja sempre exigiu o uso da pátena para recolher cuidadosamente as minúsculas partes que contém realmente o Corpo de Cristo. Por isso mesmo, as rubricas prescrevem que o celebraste recolha os fragmentos do corporal e da pátena e, depois de os consumir ele próprio, purifique os dedos, para evitar qualquer profanação ou sacrilégio.". (Chiesa Viva - Junho/73).
    

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

"HERMENÊUTICA DA REFORMA NA CONTINUIDADE" EM SÃO JOÃO DA CRUZ (III)

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"HERMENÊUTICA DA REFORMA NA CONTINUIDADE" NA DOUTRINA DE SÃO JOÃO DA CRUZ

      As contradições que encontramos na palavra de Deus presente na Sagrada Escritura, no Magistério Vivo da Igreja, etc., são materiais e não formais. Se alguém encontrar alguma contradição nos Documentos da Igreja, tais contradições podem ser do intérprete, e não da Igreja, podem estar na letra mas não no espírito da Igreja.
      Continuação:

     "7. Não havemos de reparar, portanto, em nosso sentido e linguagem quanto às revelações divinas, sabendo que o sentido e linguagem de Deus são muito diferentes do que pensamos, e difíceis para o nosso modo de entender. De tal maneira assim é que Jeremias, sendo profeta de Deus, parecia não compreender a significação das palavras do Onipotente, tão diversas do comum sentir dos homens, e pondo-se ao lado do povo, exclama: "Ai, ai, ai, Senhor Deus. É possível teres enganado a este povo e a Jerusalém, dizendo-lhes: Vos tereis a paz, e eis agora lhe chega a espada até a alma?"(Jr. 4,10). Ora, a paz prometida pelo Senhor ao seu povo era a aliança entre ele e o gênero humano por intermédio do prometido Messias; e os israelitas a entendiam no sentido de uma paz temporal. Por isto, quando tinham guerras e trabalhos, logo lhes parecia Deus enganá-los, pois sucedia o contrário do que esperavam. E então diziam por Jeremias: "Esperamos a paz, e este bem não chegou" (Ibid. 8,15). Era impossível deixar de caírem no erro, porque se guiavam unicamente pelo sentido literal. Quem, com efeito, não ficaria confundido, entendendo ao pé da letra esta profecia de Davi sobre Cristo em todo o Salmo 71, e, particularmente, por estas palavras: "E dominará de mar a mar, e desde ao rio até aos confins da redondeza da terra"(Sl 71,8). E mais adiante: "Porque livrará o pobre que o invoca e o mísero que não tem ajuda?"(Ib. 12). E, a par destas palavras, vendo Nosso Senhor nascer na obscuridade, viver em pobreza e não somente não reinar como dominador na terra, mas se submeter aos caprichos da populaça mais vil, até ser condenado à morte sob o governo de Pôncio Pilatos? E, ao invés de livrar seus discípulos da opressão dos poderosos da terra, permitir que fossem mortos e perseguidos por seu nome?

      "8. É que essas profecias deviam ser compreendidas espiritualmente de Cristo, e deste modo eram absolutamente verdadeiras. De fato, Cristo não é apenas rei da terra, mas do céu, porque é Deus; e aos pobres que o haviam seguido, não somente havia de remir e livrar do poder do demônio (o mais forte inimigo, contra o qual não tinham até então defesa), mas faria, desses pobres, herdeiros do reino celeste. E assim falava Deus segundo o significado principal, isto é, de Cristo e seus sequazes, de reino eterno e liberdade eterna. Mas os judeus não entendiam assim as profecias; visavam nelas o menos principal, do qual Deus faz pouco caso: pensavam em reino temporal e liberdade temporal, que aos olhos de Deus nada valem. Cegos pela baixeza da letra e não compreendendo o espírito e verdade nela encerrados, tiraram a vida a seu Deus e Senhor segundo disse S. Paulo: "Os que habitavam em Jerusalém, e os príncipes dela, não conhecendo a este, nem as vozes dos profetas, que cada sábado se leem, sentenciando-o, as cumpriram"(At. 13,27)." (Subida do Monte Carmelo - Livro II - Cap. XIX pgs 261-263).

Continua.